Aceitação
Crônica, por Mariana Collares.
O segredo da vida está na aceitação.
Há coisas que dependem da providência. Há coisas que são e pronto. Há coisas que dependem só de um esforço nosso.
O problema é justamente quando generalizamos uma das assertivas e pensamos que, ou tudo depende da providência, ou tudo é o que é e pronto, ou tudo , absolutamente tudo, depende exclusivamente da gente. Porque somos, muitas vezes, impotentes ante os desmandos do destino. Ou porque nossa fé pode, vez ou outra, arrastar para o Divino a responsabilidade por aquilo que deveria ser feito por nós, e tão somente por nós.
É importante entender que há vezes em que perdemos e pronto. Embora todo o esforço e orações e toda a fé possível, e toda a ajuda e toda a esperança e tudo o mais que inventemos, há vezes - e a vida adulta ensina muito isso – que nossos esforços não dão em nada. Ou em algo diverso, o que pra nós, seres insatisfeitos, pode parecer o “fim”.
Então é nesse momento que entra o grande segredinho do jogo: aceitar o que é ou aquilo que se tornou.
Aceitar as próprias deficiências, que podem ser só momentâneas – acreditemos - e aceitar as adversidades do caminho - porque não há caminho que seja somente repleto de sol - e entender que eventuais “pedras” podem ter sido colocadas lá justamente para nos dar a noção de nossas próprias forças e de tudo o que há ainda por trilhar.
Ok, você pode achar esse papo carola, e até admito que eventualmente possa ser, mas a coisa é essa e somente essa. Ou se aceita o inevitável, ou morre-se insatisfeito. Porque não conheço um único vivente nessa loucura chamada vida que simplesmente foi rei em tudo o que tentou e conseguiu tudo aquilo que quis. Mas, ao contrário, já vi gente boa pelo caminho se deixando levar pelo inconformismo e fazendo de sua vida e da alheia um bom inferno pessoal - justamente porque jamais aceitou o que não lhe pertencia.
Aprendi com um grande amigo que no fim de tudo, vale é o bom humor que mantemos, até porque me diz que, com ele, tudo “flui”.
E ciente disso, eu mesma insisto em manter a ternura, a par do endurecimento dos nervos. Porque sem ela, creiam, a vida fica muito triste.
Afinal, nada realmente muda, os problemas continuarão lá, mas de uma forma superdimensionada. Porque fazemos deles nossa bandeira ou nosso tapete, conforme o humor que mantivermos.
Canso de ver gente por aí que ao menor “bom dia” irrompe em desaforos ou em choros ou em discursos inflados sobre a “injustiça” de que foi vítima. Outros, ao contrário, sempre dão um jeito de sorrir e achar o lado bom de algo ruim, justamente porque entendem que tudo isso faz parte e não há o que fazer ante o que não é.
Não é fácil. Sei disso. Mas pode-se exercitar. Então, não espere a vida mostrar o quanto pode ser má, comece agora! Afinal, aceitação é um jogo de paciência. É saber que o ciclo de vida e morte tem sempre um fim, e tudo então recomeça. Não sei bem como e onde. Mas recomeça, é certo. E com bom humor, o ciclo finaliza e recomeça do mesmo jeito, só que melhor.
Há coisas que dependem da providência. Há coisas que são e pronto. Há coisas que dependem só de um esforço nosso.
O problema é justamente quando generalizamos uma das assertivas e pensamos que, ou tudo depende da providência, ou tudo é o que é e pronto, ou tudo , absolutamente tudo, depende exclusivamente da gente. Porque somos, muitas vezes, impotentes ante os desmandos do destino. Ou porque nossa fé pode, vez ou outra, arrastar para o Divino a responsabilidade por aquilo que deveria ser feito por nós, e tão somente por nós.
É importante entender que há vezes em que perdemos e pronto. Embora todo o esforço e orações e toda a fé possível, e toda a ajuda e toda a esperança e tudo o mais que inventemos, há vezes - e a vida adulta ensina muito isso – que nossos esforços não dão em nada. Ou em algo diverso, o que pra nós, seres insatisfeitos, pode parecer o “fim”.
Então é nesse momento que entra o grande segredinho do jogo: aceitar o que é ou aquilo que se tornou.
Aceitar as próprias deficiências, que podem ser só momentâneas – acreditemos - e aceitar as adversidades do caminho - porque não há caminho que seja somente repleto de sol - e entender que eventuais “pedras” podem ter sido colocadas lá justamente para nos dar a noção de nossas próprias forças e de tudo o que há ainda por trilhar.
Ok, você pode achar esse papo carola, e até admito que eventualmente possa ser, mas a coisa é essa e somente essa. Ou se aceita o inevitável, ou morre-se insatisfeito. Porque não conheço um único vivente nessa loucura chamada vida que simplesmente foi rei em tudo o que tentou e conseguiu tudo aquilo que quis. Mas, ao contrário, já vi gente boa pelo caminho se deixando levar pelo inconformismo e fazendo de sua vida e da alheia um bom inferno pessoal - justamente porque jamais aceitou o que não lhe pertencia.
Aprendi com um grande amigo que no fim de tudo, vale é o bom humor que mantemos, até porque me diz que, com ele, tudo “flui”.
E ciente disso, eu mesma insisto em manter a ternura, a par do endurecimento dos nervos. Porque sem ela, creiam, a vida fica muito triste.
Afinal, nada realmente muda, os problemas continuarão lá, mas de uma forma superdimensionada. Porque fazemos deles nossa bandeira ou nosso tapete, conforme o humor que mantivermos.
Canso de ver gente por aí que ao menor “bom dia” irrompe em desaforos ou em choros ou em discursos inflados sobre a “injustiça” de que foi vítima. Outros, ao contrário, sempre dão um jeito de sorrir e achar o lado bom de algo ruim, justamente porque entendem que tudo isso faz parte e não há o que fazer ante o que não é.
Não é fácil. Sei disso. Mas pode-se exercitar. Então, não espere a vida mostrar o quanto pode ser má, comece agora! Afinal, aceitação é um jogo de paciência. É saber que o ciclo de vida e morte tem sempre um fim, e tudo então recomeça. Não sei bem como e onde. Mas recomeça, é certo. E com bom humor, o ciclo finaliza e recomeça do mesmo jeito, só que melhor.
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Créditos da imagem: Site olhares - fotografia online
Sorriso, por Fatima Marques.
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