Conversas literárias: Feminino
Teoria literária, por Iracy de Souza.
O pensamento psicanalítico nos ensinou que falamos sempre a partir de um profundo não-saber. Em conversas literárias, deste mês, separamos um pequeno trecho do livro de Collete Soler, “O que Lacan dizia das mulheres”¹.
Soler aborda a posição feminina a partir da teoria de Lacan, que vai além da abordagem falocentrista e edipidana de Freud e propõe que as mulheres têm acesso a um outro gozo por não estarem totalmente absorvidas na lógica fálica e patriarcal.
Tonou-se objeto de nossas leituras, também, o trabalho de Rosangela Sarteschi, “A personagem feminina em Mayombe, de Pepetela: os limites da transformação”, por abordar a construção da figura feminina: Ondina e Leli, e mostrar como a mulher transita pelo mundo da política, da guerra e do golpe, procurando mostrar o desejo feminino de construção de uma processo revolucionário histórico, social e estético por que passa Angola.
Não poderíamos começar um ano sem falar de algo que converte-se sempre em uma das formas de refletir a vida e nossos desejos mais secretos, a poesia. Elizabeth Gonzaga de Lima escreve “ A poética de Luís Carlos Patraquim: entre ossos e inovações” a fim de captar o fenômeno poético em sua latência, que se expressa através das forças do inconsciente.
¹ “O que Lacan dizia das mulheres”/ Collete Soler; tradução, Vera Ribeiro, consultoria Marco Antonio Coutinho Jorge;- Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005.
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Não é Lícito fazer um balanço de uma vida que, para tristeza de todos os seus amigos e adminadores, chega ao fim. O coração de nosso Mestre parou de bater, mas tão grande era seu ânimo de buscar e de servir, pois aqui estaremos para transformar esse servir num justo luzir.
Professor Leodegário Amarante de Azeredo FilhoSaudades!
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ARTIGOS:
O desejo feminino interpretado
A personagem feminina em Mayombe, de Pepetela: Os limites da transformação
A poética de Luís Carlos Patraquim: entre ossos e inovações
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Créditos da imagem:
Crush, por Graça Loureiro
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