PÔ! EMA...
Caranguejúnior.
- Pô! Ema... você não me ama mais?
TUDO NORMAL
Até aqui... Tudo normal
Um Suflair é dois real
Tu fumas, eu bebo
E ninguém mais escreve cartas
A ordem das flores
Não alteram as cores
E os passarinhos?
- Vão muito bem, obrigado!
Tentei costurar o meu abraço no seu
Com aquela linha grossa chamada amor
Mas, nem deu... a linha arrebentou
Ontem no quarto
A saudade saiu debaixo da cama
E me deu uma voadora digna do Bruce Lee
Aguentei mais um round...
Mas, até aqui... tá tudo normal.
5 pães é um real!
Tu lá eu cá
A gasolina subiu
Há perigo na esquina
E por enquanto, tudo normal
Acabou as ideias
Vou terminar esse poema
Um Suflair é dois real
Tu fumas, eu bebo
E ninguém mais escreve cartas
Ainda há fome na Somália
E corrupção em Brasília
E corrupção em Brasília
A ordem das flores
Não alteram as cores
E os passarinhos?
- Vão muito bem, obrigado!
O dia está nublado porque as nuvens
Brincam de esconder o sol nos bolsos
Isso não é novidade...
E assim tudo vai seguindo.
Com aquela linha grossa chamada amor
Mas, nem deu... a linha arrebentou
Ontem no quarto
A saudade saiu debaixo da cama
E me deu uma voadora digna do Bruce Lee
Aguentei mais um round...
É esse vento teimoso, que teima em revirar as páginas...
Vou começar a fechar portas e janelas.
Vou começar a fechar portas e janelas.
Mas, até aqui... tá tudo normal.
5 pães é um real!
Tu lá eu cá
A gasolina subiu
Há perigo na esquina
O homem inventou a roda
E polui o ar
"Jesus vai voltar! prepara-te!"
E você não vai voltar pros meus abraços?
(Dessa vez vou rezar pra qualquer santo,
para que a linha não arrebente...)
para que a linha não arrebente...)
Acabou as ideias
Vou terminar esse poema
E vou seguir
Nessa felizcidade cinza...
Nessa felizcidade cinza...
ENCARCERADO
Em mim
Há um poema preso
Preso entre costelas de aço
Muros altos
Arames farpados
E câmeras bigbrother-ônicas espalhadas
Há um poema preso
Em mim
Condenado ele foi
Pois agrediu pensamentos
Roubou atenção
Assassinou métricas
Há um poema preso
Dentro de mim
Está sentenciado
Pois descumpriu regras
Infringiu leis
Burlou normas super corretassss
Cumprirá sua pena
Encarcerado num coração pequeno
Superlotado de rascunhos
E versos perigosíssimos
Sem direito
A banho de sol
E visita íntima
Este poema é fugitivo
É reincidente
Sua ficha é extensa
Este poema senhores
É marginal...
Em mim
Há um poema preso
Preso entre costelas de aço
Muros altos
Arames farpados
E câmeras bigbrother-ônicas espalhadas
Há um poema preso
Em mim
Condenado ele foi
Pois agrediu pensamentos
Roubou atenção
Assassinou métricas
Há um poema preso
Dentro de mim
Está sentenciado
Pois descumpriu regras
Infringiu leis
Burlou normas super corretassss
Cumprirá sua pena
Encarcerado num coração pequeno
Superlotado de rascunhos
E versos perigosíssimos
Sem direito
A banho de sol
E visita íntima
Este poema é fugitivo
É reincidente
Sua ficha é extensa
Este poema senhores
É marginal...
SWEET CÚ
Olhou para mim
Tal qual olhasse as antigas pirâmides do Egito
Falou o meu nome
Como se recitasse um poema do Guimarães Rosa ou Gregório de Matos
Perguntou-me coisas com autoridade
Como uma deusa grega prestes a castigar um pobre mortal
Contou-me umas histórias
Tal qual um ser da Ordem dos Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão
Bebeu e riu
Como uma plebéia em dia de festa nos Reinos de contos de fadas
Dançou
Tal qual Nefertiti dançando para Amen-hotep
Fez-me rir
Como um comediante do top do Carlitos, Chaves ou Tiririca
E eu... olhava para seus olhos
Tal qual contemplasse a paisagem da cidade perdida de Eldorado
Olhava para seus lábios
Como se olhasse a erupção furiosa do Kilimanjaro
Tentei beijá-la
Tal qual um Falcão voando em busca da presa
Afastou-se de mim
Como se visse o Michael Jackson após nova cirurgia na face
Negou-me um beijo
Tal qual negasse ser cúmplice do Muammar Kadafi ou Antonio Palocci
Por fim, levantou-se da cadeira, pegou sua bolsa e partiu...
Como se fosse viajante prestes a perder a partida de alguma caravana no Saara
E velozmente sumiu
Tal qual ambulantes fugindo do “rapa” da 25 de março
Deixando-me ali, largado...
Como se eu estivesse no hospital público a ser atendido pelo SUS
Sentado no balcão com uma caneca de chopp claro, um cigarro aceso
Fiquei
Com o pensamento em cantar a próxima mulher na balada
Tal qual um canalha... Eu.
Tal qual olhasse as antigas pirâmides do Egito
Falou o meu nome
Como se recitasse um poema do Guimarães Rosa ou Gregório de Matos
Perguntou-me coisas com autoridade
Como uma deusa grega prestes a castigar um pobre mortal
Contou-me umas histórias
Tal qual um ser da Ordem dos Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão
Bebeu e riu
Como uma plebéia em dia de festa nos Reinos de contos de fadas
Dançou
Tal qual Nefertiti dançando para Amen-hotep
Fez-me rir
Como um comediante do top do Carlitos, Chaves ou Tiririca
E eu... olhava para seus olhos
Tal qual contemplasse a paisagem da cidade perdida de Eldorado
Olhava para seus lábios
Como se olhasse a erupção furiosa do Kilimanjaro
Tentei beijá-la
Tal qual um Falcão voando em busca da presa
Afastou-se de mim
Como se visse o Michael Jackson após nova cirurgia na face
Negou-me um beijo
Tal qual negasse ser cúmplice do Muammar Kadafi ou Antonio Palocci
Por fim, levantou-se da cadeira, pegou sua bolsa e partiu...
Como se fosse viajante prestes a perder a partida de alguma caravana no Saara
E velozmente sumiu
Tal qual ambulantes fugindo do “rapa” da 25 de março
Deixando-me ali, largado...
Como se eu estivesse no hospital público a ser atendido pelo SUS
Sentado no balcão com uma caneca de chopp claro, um cigarro aceso
Fiquei
Com o pensamento em cantar a próxima mulher na balada
Tal qual um canalha... Eu.
OS HOMENS NÃO SÃO DE MARTE
Mentira!
Depois que você me seduziu
Com seus beijos de outro planeta
E seus afagos galácticos
Me abduziu...
Hoje eu vivo no mundo da Lua.
Caranguejúnior
*
Créditos da imagem: Site olharees - fotografia online
Sweet Letters, por Catarina Marques.
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