Conversando com Drummond
Poema, por Ianê Mello.
Para Carlos Drummond de Andrade
O quanto você riria, poetaum riso frouxo e feliz
de ver sua estatueta
em plena praia de copacabana
você, mineiro de Itabira,
tendo a seu lado, simplório,
debaixo de pleno sol,
sem pruridos ou vergonha,
sem com nada se importar,
homem de origem simples
sentado a conversar
vai se saber que prosa
ele está a entoar
mas parece animado
de contigo prosear! ...
Há, como ririas, poeta,
ao ver seus pequenos óculos,
aquele mesmo com que lias
ser retirado na madrugada
sabe-se lá com que intuito
por uma pessoa qualquer,
e, ao amanhecer, numa faixa,
você riria ao ler:
"não roubem meus óculos,
leiam meus livros" !
Mas que povo engraçado,
você certamante pensaria,
roubar um óculos
apenas por puro prazer
já que nem servem para ler!
Querido poeta, que saudade
de seus versos que universos
desvendaram para mim
em meu coração permaneces,
mineirinho de itabira,
e com carinho me recordo:
"Vai, Carlos! ser gauche na vida."
*
Créditos de imagem:
Foto do site www.fotocomedia.com
Lindi Ianê! "Querido poeta, que saudade
ResponderExcluirde seus versos que universos
desvendaram para mim..."
Linda homenagem!
Com carinho
Sílvia
Obrigada, Silvia, pela sua presença e comentário.Volte sempre,
ResponderExcluirBjs, com meu carinho.