O cartaz
Crônica, por Mariana Collares
“Guria,
Você é demais!!! Te adoro!
Carioca”.
Deparei-me com um “outdoor” com esses dizeres em plena Avenida Perimetral, em Porto Alegre.
Parei o carro no semáforo, olhei para o lado, e o dito estava lá: enorme, lustroso, em letras vermelhas - da cor do amor.
Trazia uma saudade e uma lembrança boa, daquelas que dá vontade de parar o tempo e olhar pra trás só pra senti-la de novo...
Fiquei olhando aquilo e pensando com alegria que ainda temos algum romantismo no ar. Alguma loucura de amor pra espalhar um sorriso em meio à cidade grande e tumultuosa, cheia de gente triste e sonâmbula.
Um delírio qualquer pra movimentar o trânsito em compasso, numa sincronia de motores, a mover algo maior que a solidão.
Havia nele, e em mim que o olhava, e nas pessoas todas nas calçadas, e em todos os motoristas de ônibus e nos taxistas, e em tudo o que se movia diante do anúncio, algo de sonoro, algo de lúdico. Porque o amor espalhado aos quatro cantos, escrito e assinado ainda que por um pseudônimo, mostrando a cara envergonhada a todos os que o podem ver tem, assim, o encanto de torná-los mais alegres. E o dia mais leve.
Era como uma celebração, e eu estava em festa. E fiquei assim até o fim do dia.
E pude sentir que estava muito próxima aos amantes, ainda que sem os conhecer de fato, a comemorar os acasos maravilhosos da vida, onde gurias e cariocas podem se achar e se perder depois, para se achar novamente em alguma esquina movimentada, embaixo de algum cartaz de amor.
Parei o carro no semáforo, olhei para o lado, e o dito estava lá: enorme, lustroso, em letras vermelhas - da cor do amor.
Trazia uma saudade e uma lembrança boa, daquelas que dá vontade de parar o tempo e olhar pra trás só pra senti-la de novo...
Fiquei olhando aquilo e pensando com alegria que ainda temos algum romantismo no ar. Alguma loucura de amor pra espalhar um sorriso em meio à cidade grande e tumultuosa, cheia de gente triste e sonâmbula.
Um delírio qualquer pra movimentar o trânsito em compasso, numa sincronia de motores, a mover algo maior que a solidão.
Havia nele, e em mim que o olhava, e nas pessoas todas nas calçadas, e em todos os motoristas de ônibus e nos taxistas, e em tudo o que se movia diante do anúncio, algo de sonoro, algo de lúdico. Porque o amor espalhado aos quatro cantos, escrito e assinado ainda que por um pseudônimo, mostrando a cara envergonhada a todos os que o podem ver tem, assim, o encanto de torná-los mais alegres. E o dia mais leve.
Era como uma celebração, e eu estava em festa. E fiquei assim até o fim do dia.
E pude sentir que estava muito próxima aos amantes, ainda que sem os conhecer de fato, a comemorar os acasos maravilhosos da vida, onde gurias e cariocas podem se achar e se perder depois, para se achar novamente em alguma esquina movimentada, embaixo de algum cartaz de amor.
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Créditos da imagem: Site olhares - fotografia online
Por do sol no trânsito, por silvio feitosa.
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