Ana Luiza Libânio

Essa aí da foto sou eu.

Vivo entre livros. Moro com quatro gatas: duas felinas, duas humanas. Como frutas, vegetais e carboidratos. Também degusto alguns pecados, de vez em sempre. Já estudei muito, estudei pouco, estudei mais ou menos, mas sempre estudei, até descobrir minha paixão. Quando caí de amores, deixei de estudar e resolvi viver. Vivo o que amo.

“Sou do mundo, sou Minas Gerais”, disse um poeta.

Gosto de queijo com café. Pão com/de queijo. Queijo com doce. Café com biscoito. Café com letras, palavras, histórias.

Mas também gosto de panquecas no café-da-manhã, tacos e burritos, macarronada, paella, bacalhau e outras comidas daqui, dali e de acolá.

Eu falo “uai” e “why”. Falo, por supuesto! Mas também escrevo. Traduzo. Leio. Não necessariamente nessa ordem. É disso que vivo.

Formei-me em certa universidade federal brasileira. Também. Porque ainda estou em formação. Formo-me a cada dia, pelas ruas, pelas praças, pelos cinemas, pelos teatros, nas bibliotecas e livrarias. Em minha casa eu me formo eu.

Por isso sempre estou. Nunca sou.

Estou mestre, mulher, mãe, companheira, escritora, tradutora, roteirista, leitora, dona de casa, dona de gatas, dona do meu nariz — se é que alguém é dono de alguma coisa.

Enfim, estou aqui, do lado de cá do meu computador, a digitar coisas que você vai ler aí, do lado de lá do seu computador.

Estou feliz.

E você?

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