Poemas Blavinos - da teoria à prática
POÉTICA DOS BLAVINOS - Como proceder?
O POEMA BLAVINO é uma forma poética nascida de uma parceria literária estabelecida entre o poeta Volmar Camargo Jr e esta tal de Ju Blasina que vos fala. A teoria do Blavino nasceu entre planos e delírios que só a madrugada é capaz de produzir, mas que qualquer um (que goste de manejar versos) pode reproduzir - basta seguir as regras básicas* de construção definidas pelos autores:
- Número de estrofes: 7
- Numero de versos: 13 [distribuição: 1-2-3-1-3-2-1]
- Forma: o poema deve começar e acabar em uma palavra, crescendo até o verso 7 (central e maior) e decrescendo até o final, o que gera essa aparência triangular.
Fácil, não? Topas um desafio? Só antes, aviso: é extremamente viciante! [Não nos responsabilizamos pelos efeitos causados] - divirta-se!
*A poética do Poema Blavino foi publicada pela primeira vez em junho de 2009 [e-zine Samizdat #18]
[A seguir, alguns dos meus, para melhor elucidar]
BABEL [Blavino #1]
Linguagem
Que nos arrasta
Ora afasta, ora aproxima
De todas as línguas mal faladas
Das mortas, das vivas, das fusionadas
Das mudas, mutáveis, das questionáveis
Só me interessa aquela que troco, que toco contigo
A língua das noites em sonhos românticos
A língua das rimas em versos cânticos
A língua da boca tua na minha
Que se funde e nos confunde
Friccionáveis, flexionáveis
Libertinagem
"Mirrors and Shadows" - Fotografia de Jairo Tx - Modelo Ju Blasina |
FUGAZ [Blavino #13]
Tão
Frágil
E fugaz
Que quebra
Ao menor toque,
E sem razão se desfaz
A beleza que mora em mim
Embalada neste corpo
É invisível ao olhar
Estranho, procuro
Resquícios do
que ainda
Sou
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