A Criação De Nomes Próprios No Brasil - Resenha
Crônica, por José Cláudio (Cacá)
O Cláudio que trago no meu nome depois do José tem o significado de manco, aquele que coxeia. Vem de claudicante. Meus pais nunca souberam disso. Ainda bem que, pelo menos até hoje só manco um pouco das idéias. Já o Adão é um sobrenome feito de nome próprio. O nome que carregamos é essa coisa pesada, maravilhosa, inusitada ou engraçada. Quando ridículo é motivo de escárnio e de trauma ou tragédia para muitas e muitos. Não fosse assim não existiria tanta piada infame correndo por ai fazendo troça com nomes próprios. A identidade é coisa séria e começa pelo que somos chamados.
Na capa do livro um mapa e em seu pano de fundo a formação básica da nação brasileira: índio, europeu, negro e asiático, esta fantástica miscigenação que se operou no Brasil e vem formando o nosso povo desde remotos tempos. Imaginemos isso em termos da estruturação da nossa língua. Quanta coisa incorporada ao português que dominou as línguas indígenas porem não deixou de sofrer as influências delas, nem do idioma africano, bem como de árabe e variações de tantos dialetos. Agora imaginemos quando se trata de dar nome aos bois, ops, dar nomes às pessoas. Quanta variedade disponível e quanto neologismo feito pela criação humana.
O trabalho respeitável da autora, Rosane Tesch, transcende a perspectiva acadêmica antroponímica ao deixar cair em nossas mãos e olhos que operam mentes leigas, porém, cheias de confusão, vontades e encantamento. Se tudo aquilo que se produz de conhecimento na academia fosse como o objetivo da autora, esse seria um país melhor. Os nomes iam fazer todos diferença não por suas esquisitices ou inovações, mas pelas pessoas que poderiam usufruir mais do que lá se produz em profusão. Nas palavras da própria autora, o objetivo maior foi escrever algo que fosse usado mais fora do que dentro da academia.
Na capa do livro um mapa e em seu pano de fundo a formação básica da nação brasileira: índio, europeu, negro e asiático, esta fantástica miscigenação que se operou no Brasil e vem formando o nosso povo desde remotos tempos. Imaginemos isso em termos da estruturação da nossa língua. Quanta coisa incorporada ao português que dominou as línguas indígenas porem não deixou de sofrer as influências delas, nem do idioma africano, bem como de árabe e variações de tantos dialetos. Agora imaginemos quando se trata de dar nome aos bois, ops, dar nomes às pessoas. Quanta variedade disponível e quanto neologismo feito pela criação humana.
O trabalho respeitável da autora, Rosane Tesch, transcende a perspectiva acadêmica antroponímica ao deixar cair em nossas mãos e olhos que operam mentes leigas, porém, cheias de confusão, vontades e encantamento. Se tudo aquilo que se produz de conhecimento na academia fosse como o objetivo da autora, esse seria um país melhor. Os nomes iam fazer todos diferença não por suas esquisitices ou inovações, mas pelas pessoas que poderiam usufruir mais do que lá se produz em profusão. Nas palavras da própria autora, o objetivo maior foi escrever algo que fosse usado mais fora do que dentro da academia.
LIVRO: A CRIAÇÃO DE NOMES PRÓPRIOS NO BRASIL
(O Neologismo na Antroponímia)
ROSANE TESCH
Livre Impressão Editora
RJ, 2010
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