A ausência
Crônica, por Mariana Collares.
A ausência é rigorosa com a verdade.
A ausência é o nada . É o espaço vazio. É a falta de toque, de fala, de gesto.
A ausência não dá oportunidade à ilusão ou ao sonho. Ela não compactua com a esperança. Porque a esperança precisa de algo pra ser. E a ausência existe no não-ser. É algo que não está. Que não veio. Que foi ou que não voltou.
A ausência é o presente dizendo que o tempo está passando. São as horas contínuas, num descontínuo transitar da memória.
A ausência não ama. A ausência não faz saber. A ausência não diz. A ausência só se exprime em ser ausência.
A ausência não é saudade. Saudade é a presença. Saudade procura. Saudade vem logo. Saudade volta sempre.
Ausência é o andar infinito de uma estrada reta, num único sentido. Depois vem o vento. A ausência se torna pó. Memória finda. Esquecimento. Ausência se foi. Ausência nunca mais voltou. Ausência virou presença de algo que então veio, e ocupou todos os espaços. E então da ausência só se lembra o nome. E não mais que um ou outro detalhe totalmente sem importância.
A ausência é o nada . É o espaço vazio. É a falta de toque, de fala, de gesto.
A ausência não dá oportunidade à ilusão ou ao sonho. Ela não compactua com a esperança. Porque a esperança precisa de algo pra ser. E a ausência existe no não-ser. É algo que não está. Que não veio. Que foi ou que não voltou.
A ausência é o presente dizendo que o tempo está passando. São as horas contínuas, num descontínuo transitar da memória.
A ausência não ama. A ausência não faz saber. A ausência não diz. A ausência só se exprime em ser ausência.
A ausência não é saudade. Saudade é a presença. Saudade procura. Saudade vem logo. Saudade volta sempre.
Ausência é o andar infinito de uma estrada reta, num único sentido. Depois vem o vento. A ausência se torna pó. Memória finda. Esquecimento. Ausência se foi. Ausência nunca mais voltou. Ausência virou presença de algo que então veio, e ocupou todos os espaços. E então da ausência só se lembra o nome. E não mais que um ou outro detalhe totalmente sem importância.
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Créditos da imagem:
Balanço, por Murilo Martins
O que equivale ao abandono. Não encontra redenção em nada, nem em em teoria nem em realidade e é muito cruel. Bela prosa, Mariana! Abraços. Paz e bem.
ResponderExcluirObrigada, Cacá! Sempre bem-vindos os teus comentários! Super beijo!
ResponderExcluirBela crônica que aborda um sentimento tão humano. Bjs, Mariana.
ResponderExcluirObrigada, Ianê! Fico feliz que tenhas gostado. Abraços! =)
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