J. Victtor (Belo Horizonte, MG – 1957)
Galeria de artes-plásticas, por Aline Carreiro
Ao ver as obras de J.Victtor pela primeira vez, presenciei um turbilhão de emoções, como se uma mistura refinada de sabores tivessem me embriagado os olhos. À luz e ao ritmo das pinceladas de Van Gogh (1853-1890), a vida noturna e boemia retratada por Tolouse-Lautrec (1864-1901), ao colorido de Rubens Gerchman (1942-2008) e a pop-art de Andy Warhol (1928-1987) e ao som, por que não, ao som de sua pintura.
Ao vermos suas obras da série “Pare!”, podemos presenciar o momento, o roncar dos motores dos veículos, a agitação da atmosfera que envolve o quadro, sendo mais contemporâneo impossível. Como uma Professora dizia na faculdade, “a verdadeira obra é a que retrata o seu tempo”, pois está aí: JV retrata a contemporaneidade e o nosso gosto visual. Nosso prazer em olhar a arte e nos ver representada nela.
Em ruas e avenidas tão comuns aos olhos de quem já conhece a rotina nas grandes metrópoles mundiais, aflição, angústia e não aceitação são alguns dos sentimentos que permeiam a mente do público ao entrar em contato com as obras de JV. A angústia do tráfico parado de automóveis, a aflição de perder o controle do tempo e a não aceitação de uma nova interpretação da realidade, nas cores surreais que JV usa em suas telas.
O uso das laterais das telas, já colada aos chassis, é interessante e dá um toque de “acabamento caprichoso”. Ao expor umas próximas às outras, num conjunto de três ou mais, torna-se impossível para o expectador não visualizá-los como um tríptico ou políptico, até porque elas conversam muito bem entre si e formam uma bela combinação para os olhos.
Sua composição é harmônica, precisa e criteriosa. Seu desenho é acadêmico, com traços estudados. Publicitário, ilustrador, gravador, pintor e caricaturista, a produção de J. Victtor merece ser apresentada em todas as técnicas utilizadas, como numa cronologia de aprimoramento e conquista de um estilo próprio.
Aline Carreiro F. Carvalho
Museóloga
1) “Belmonte” - Pastel seco sobre papel, 32 x 32 cm
2) “Janela” – pastel seco sobre papel, 40x30 cm
3) “Rotulado”, 1999 – colagem
4) “A Roda” – acrílica sobre tela, 1,10 x 1,10 m
5) “Kodak” – acrílica sobre tela, 1,30 x 1,60 m
6) “Bar do Gomes” – acrílica sobre tela, 0,95 x 1,45 m
7) “Assedio Moral” – xilogravura, 21 x 29,7 cm
8) “Autorretrato” – 1,00 x 1,10 m
Sites do artista :
http://www.jvicttor.com.br/
http://jvicttor.wordpress.com/
Ao vermos suas obras da série “Pare!”, podemos presenciar o momento, o roncar dos motores dos veículos, a agitação da atmosfera que envolve o quadro, sendo mais contemporâneo impossível. Como uma Professora dizia na faculdade, “a verdadeira obra é a que retrata o seu tempo”, pois está aí: JV retrata a contemporaneidade e o nosso gosto visual. Nosso prazer em olhar a arte e nos ver representada nela.
Em ruas e avenidas tão comuns aos olhos de quem já conhece a rotina nas grandes metrópoles mundiais, aflição, angústia e não aceitação são alguns dos sentimentos que permeiam a mente do público ao entrar em contato com as obras de JV. A angústia do tráfico parado de automóveis, a aflição de perder o controle do tempo e a não aceitação de uma nova interpretação da realidade, nas cores surreais que JV usa em suas telas.
O uso das laterais das telas, já colada aos chassis, é interessante e dá um toque de “acabamento caprichoso”. Ao expor umas próximas às outras, num conjunto de três ou mais, torna-se impossível para o expectador não visualizá-los como um tríptico ou políptico, até porque elas conversam muito bem entre si e formam uma bela combinação para os olhos.
Sua composição é harmônica, precisa e criteriosa. Seu desenho é acadêmico, com traços estudados. Publicitário, ilustrador, gravador, pintor e caricaturista, a produção de J. Victtor merece ser apresentada em todas as técnicas utilizadas, como numa cronologia de aprimoramento e conquista de um estilo próprio.
Aline Carreiro F. Carvalho
Museóloga
1) “Belmonte” - Pastel seco sobre papel, 32 x 32 cm
2) “Janela” – pastel seco sobre papel, 40x30 cm
3) “Rotulado”, 1999 – colagem
4) “A Roda” – acrílica sobre tela, 1,10 x 1,10 m
5) “Kodak” – acrílica sobre tela, 1,30 x 1,60 m
6) “Bar do Gomes” – acrílica sobre tela, 0,95 x 1,45 m
7) “Assedio Moral” – xilogravura, 21 x 29,7 cm
8) “Autorretrato” – 1,00 x 1,10 m
Sites do artista :
http://www.jvicttor.com.br/
http://jvicttor.wordpress.com/
muito bom autor e este texto, é, sem dúvida, hábil! parabens JV, parabens Aline! mais uma vez, voa longe! grande abraço, Jeff
ResponderExcluirO artista é sem dúvida muito talentoso. Parabéns minha amiga pelo texto. Que você continue tendo grande êxito em sua vida! Grande abraço.
ResponderExcluirTatianna.