Entre galos e cigarros, o amor
O poeta Flávio Morgado lançou seu primeiro livro: Um caderno de capa verde (7letras).
Segundo Heloísa Buarque de Hollanda, ler a poesia de Flávio Morgado, poeta típico dos anos 2000, é acompanhar sua ansiedade de transformar a realidade pela invenção da palavra. Um poeta dialógico, liberto por movimentos e novas tendências. Então que cante o poeta:
Entre galos e cigarros, o amor
o amor em sua ilusão
é como o fumo que se queima
e sabe em seu fogo
a existência.
mas enaquanto se esvai,
atribui à boca que o trga
sua permanência.
o amor em sua metafísica
canta como os galos
que sabem alvorecer a manhã
mas tornam ao sono
na esperança de que o
próprio canto os desperte.
*
Nesta edição de Ciranda da Poesia (edUERJ), Iracy Souza comenta a obra do poeta Salgado Maranhão!
A coleção Ciranda da Poesia é coordenada pelo professor e escritor Italo Moriconi, editor executivo da EdUERJ, com a participação de um conselho formado por Diana Irene Klinger (UFF), Masé Lemos (UERJ), Marcos Siscar (Unicamp) e Viviana Bosi (USP).A Coleção Ciranda da Poesia pretende introduzir o público universitário, assim como para todos os interessados nos caminhos da arte contemporânea, um panorama das novas formas de ler o poema. Cada modo de leitura, cada orientação ou tendência crítica, corresponde a uma nova ou renovada forma de Poesia. Na Ciranda, poetas, professores, críticos contemporâneos lêem os poemas de seus coetâneos e iniciam uma revisão crítica da agora clássica geração dos anos 70.
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