I Concurso Literário Benfazeja

Mulher em extinção



Nova crônica de Libério Lara!

Eu estava com um texto pronto para postar aqui, quando vi uma notícia no jornal... “Nascem cada vez mais homens no planeta”, é o que diz uma pesquisa realizada pela ONU. No início não levei muito a sério, mas as estatísticas que busquei em sites na internet após ver a matéria, me fizeram crer. No Brasil, por exemplo, só existem mais mulheres adultas do que homens, por causa do índice de assassinatos, que acontece com mais frequencia entre o sexo masculino. Caramba! Se as estatísticas estiverem corretas, é o fim da humanidade! A não ser que nós homens, consigamos criar barriga, sem a necessidade do chope nosso de cada dia, ou, por outro lado, os cientistas consigam criar uma máquina de fabricar mulher!

Ah, se eu tivesse o dom da ciência! Mas, honestamente, não estou preocupado com o fim da humanidade, apesar de ter me esquecido das araras azuis, baleias azuis, onças pintadas e panteras cor-de-rosa tão logo assisti a matéria na TV... eu não estarei lá pra presenciar a desgraceira, com o perdão da palavra... Procriação, os caras que trabalham com os clones se viram nos trinta até lá... Eu só sinto uma pena enorme dos homens que virão, e ouvirão histórias de seres maravilhosos de corpo e graça, que passaram por aqui em tempos idos. “Era uma vez a mulher. A mulher era um ser fascinante que encheu de cores o planeta, por muitos, muitos anos. A mulher era criatura interessante... a mulher conseguia ser docemente amarga quando reclamava das coisas que são corriqueiras a nós homens, como deixar as roupas jogadas pelo chão, por exemplo. Outras vezes, era brutalmente doce, quando se aconchegava em nossos braços pedindo carinho. A mulher era um ser tão extraordinário, que conseguia fazer de nós homens, um lixo ou um super-homem, isto dependia do seu humor. A mulher era assim... criatura que não pode ser contada em histórias, se não foi vivida. Era a mulher que criava a maioria de nossas emoções, fossem elas boas ou ruins. Com as mulheres, a maioria dos poetas se foram, sobreviveram apenas os saudosistas de amor... as flores também se tornaram raras, pois eram elas que enchiam de graça seus corações e hoje, já não fazem tanto sentido...” E a história seguiria, sem nunca, jamais, em hipótese alguma, ser encerrada com o famoso: e foram felizes para sempre...



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