I Concurso Literário Benfazeja

A reinvenção do dizível ...


... na poesia de Salgado Maranhão.


Entrevista, por Iracy Souza.


(...) agarro a poesia pela crina
e me arrimo na minha própria rima.

-Salgado Maranhão


Nem sempre, temos a oportunidade de conversar com os poetas, mas esse encontro é bastante produtivo, pois, evita os percursos dialéticos tortuosos e muitas vezes infrutíferos em torno da estética do discurso poético. Mas também, quando o diálogo ocorre é impossível, de estanque, pararmos de pensar em seus versos. Alguns ficam, de forma tal em nós, que precisamos continuar a falar neles, repeti-los, não para recitá-los, mas para repensá-los. Versos que rasgam o coração do poeta de infinito e que conduzem a sua poesia à liberdade total do ser da linguagem, são versos que precisam ser relidos, sempre.


O poeta e as coisas
as coisas querem vazar
o poema
em sua crosta de enredos,

as coisas querem habitar
o poema
para serem brinquedos.

chove nas fibras
de alguma essência secreta
e o poema rasga
a arquitetura
do poeta.(p.109)


Nossa Benfazeja tem a imensa alegria de conversar com o poeta Salgado Maranhão. "Salgado é um dos mais brilhantes poetas de sua geração e possui um trabalho de linguagem muito especial. “Sinergia” é a palavra que define sua poesia. Uma poesia da palavra, muito embora não ignore o real, pois o traduz em fonemas e aliterações. Que não hesita em ir além da lógica do discurso (ou do enlace com o plausível) se o resultado é o impacto vocabular e o inusitado da fala." Essas são palavras do poeta Ferreira Gullar, que tomo a liberdade de apropriar-me, aqui, para poder falar da singularidade e da dimensão de inovação e de transgressão que são peculiares na obra de nosso convidado.

No mês passado, através do trabalho de Luiz Fernando Valente (professor da Brown University): O traço apolíneo de Salgado Maranhão., nós nos tornamos um pouco mais íntimos de sua poesia. Nesse mês de junho, vamos conversar com o poeta, em pessoa, e o assunto, evidentemente, não poderia ser outro: vamos conversar a respeito do fazer poético de maneira lato e de seu universo poético de maneira strictu. Nossa conversa não será curta, previno meus leitores, mas será imperdível! Tanto assim, que somente vou publicar uma primeira parte, neste mês. A segunda parte, os leitores da Benfazeja vão conhecê-la no próximo.


Iracy: Vou iniciar agradecendo ao poeta Salgado Maranhão pela gentileza de nossas conversas e dizer que vou perseguir algumas ideias de leituras que fiz do conjunto de sua obra. Mas gostaria de deixá-lo à vontade para contar aos nossos leitores a visão que tem de seu processo produtivo intenso e multiforme.


Salgado Maranhão: Meus poemas começam, dentro de mim, pelos sons e pela imagem das palavras. Chego a formular na cabeça a textura e a música verbal do poema, antes mesmo de ele existir. Muitas vezes, eu o escrevo na memória antes de passá-lo para o papel. Vivi, na infância, numa região luxuriante do interior maranhense, onde a beleza da paisagem era impactante e o silêncio se misturava ao canto das aves e ao ciciar do vento nas palmeiras de babaçu. Foi ali que eu me tornei uma criança contemplativa e busquei uma maneira de plasmar, dentro de mim, esse universo esplendoroso. Desse modo, sem que eu delibere, as metáforas saltam do meu inconsciente como se fossem aquarelas. Chego a formular cores nos vocábulos, chego a sentir cheiro na sua corporalidade.

Minha poética busca fustigar a língua para além dos significados usuais. E busca, também, sobrepor imagens como num quadro cubista. Meu olho olha em todas as direções tentando harmonizar o inconciliável caos da vida. Às vezes, chega a me faltar o ar de tanto excesso de ser, da impossibilidade de amarrar o mundo em versos.



Iracy: Poeta, o que entendo de sua fala e de seus poemas é que sua existência inteira é dedicada ao supremo aperfeiçoamento do dizer poético, você vive em estado poético . Ao burilar a palavra depurada da sua pluriestratificada significação semântica, você reaviva nela as antigas evocações, recupera a economia musical do verso, o som e o ritmo perdidos. Há versos, dos quais gosto muito, em que o sujeito poético nos canta:

não morro pela essência
morro de essência. (p.80)


Eu poderia dizer que o poeta Salgado Maranhão vive de essência?


Salgado Maranhão: Poesia está no âmago do meu foco de interesses. Desde que a descobri, todas as coisas que faço a levam em conta. Se eu planejo minha vida, tenho que encontrar um lugar para ela ou não tem acordo. Emprego, casamento, associações em geral, têm de respeitar minha intrínseca maneira de traduzir o mundo. Quando um poeta trai a sua poesia ele não ganha o mundo e perde a sua essência.


Aves e viveres
Aves em busca de víveres, voamos
tontos de luz e dos apegos vãos
e se ao longe avistamos frutos sãos
não raro erramos o lugar dos ramos.
Pois é de nós que nos embaraçamos
nos mínimos véus, nos pequenos grãos
e se é incompleto o que nos chega às mãos
mas tão pouco é sublime o que doamos.
São dardos zoando a música do espanto
e tanta lácera e desertos tantos
esgarçando no molde a própria vida
que o tecido do amor já vem puído.
E qualquer um de nós cede ao descuido,
sob a febre da morte consentida. (p.190)


Iracy: Então, o poeta é um doador de sentidos, o ser da poesia resiste aferrando-se à memória viva do passado, refazendo zonas sagradas que o sistema profana, contradizendo o ser dos discursos correntes. Poeta como ser simples e tão profundo?


Salgado Maranhão: Concordo que o mais difícil em arte é ser simples e, ao mesmo tempo, profundo. E não é, sequer, uma busca, mas um fluir. Porque, vários fatores contribuem para isso, principalmente, talento, vivência e disciplina lúdica, prazerosa. Pode parecer incongruente, mas é isso mesmo, é preciso transformar a vida em festa, mesmo quando se trabalha, se não a intuição não brota, fica emperrada na carranca.


Iracy: A poesia não tem lugar, ela deriva de todas as paragens, nasce das dobras de qualquer circunstância, da invenção de um conceito ou do exercício do pensamento. A poesia fala do desejo sem objeto e, portanto, ela só pode ser expressa através de demandas que têm como destino ficarem sempre insatisfeitas, para continuarem sendo produzidas, ou seja, desejadas. O leitor interpreta a poesia através de suas afetações e quando o poeta fala, sempre diz mais do que intencionava dizer. Poeta, o que é a poesia?

Disarmonia
Per voler i tuoi seni
(e non poter)
Ho già sofferto troppo,
E soffro ancora,
Per non volerli più.
(versão de Veridiana Skocic) (1)

Salgado Maranhão: O discurso poético revela uma dimensão submersa do humano que ele, para ajustar-se às demandas da vida em sociedade, tem dificuldades em acomodar. A vida com os outros é um exercício de contenção. Diariamente, tiramos da cartola vários modos de expressão conforme a conveniência. Porém, a poesia quer falar como as crianças e os loucos iluminados. Esse é o estado da poesia e do ser humano em êxtase, pleno, apenas sendo, sem qualquer preocupação em agradar ou desagradar. Por isso, os poetas são chamados de loucos de Deus . Mas como harmonizar-se poeticamente com a pluralidade de indivíduos de um mundo que prioriza o fisiológico e que não quer perder tempo com quem não fale a sua língua? É preciso preparar os corações e mentes das pessoas para a música que está dentro delas desde sempre, mas soterrada pelo barulho das vísceras. A poesia é a expressão da nossa natureza primeira, que canta como uma cascata, quando perdemos o medo de nós mesmos.


Iracy: Sei muito bem que a poesia não quer nada, mas os gritos que ouço, que vem lá de seus versos, por mais estranho que possa parecer, são capazes de transformar gestos em ação, substantivos em substantivos. A poesia não é seu tema e sim um artifício para criar laços, estou errada?


Salgado Maranhão: Entendo que o poeta é o instrumento de uma voz maior, que ele entra em sintonia, mas não domina. A poesia é uma entidade que fala quando quer. Poeta é quem tem intimidade com esse mistério e consegue, através da palavra, pescar um quinhão dessa luz fugidia, evanescente. Não há fórmula para isso, e nem há no mercado da vida humana, uma necessidade reconhecível que clame por essa voz submersa e intraduzível. No entanto, quando alguém descobre um jeito de trazer ao coração um pouco desse algo que nem sequer tinha nome, é uma verdadeira epifania. Por isso é que Platão tinha dificuldade de encontrar um lugar para o poeta na República. Por isso é difícil classificar o que ele faz como trabalho se a sua experiência com o sublime transcende os parâmetros do salário. É uma experiência estranha, inclassificável, que beira a vagabundagem. E não é vagabundagem. Assim sendo, o mundo nos vai deixando viver à revelia, reconhecendo que há um valor no que fazemos, mas não há como aferi-lo.


Iracy: Pergunto eu: o que o poeta quer é conquistar o tempo do leitor, para levá-lo, através das sensações a uma reflexão, a um conhecimento?


Salgado Maranhão: A poesia não nos dá conhecimento. Ela nos dá a experiência das sensações que só mesmo a vida, em sua plenitude, nos traz em alguns momentos. O conhecimento é pouco para a poesia, posto que, geralmente, é taxativo em suas conclusões. A poesia é aberta para o estar sendo, e o conhecimento encerrado no ter sido. Nesse ponto, o leitor caminha pari passu com o poeta, porque ambos estão, permanentemente, em estado de epifania. Ambos estão buscando na palavra o esplendor do onírico, uma dimensão em que o humano, desnudo de suas armaduras racionais, se mostra em suas múltiplas máscaras. No plano do discurso verbal, só a poesia nos agrega essa instância de consentida loucura. Onde podemos dialogar com nós mesmos e com o outro sem abdicarmos da consciência.


Iracy: Poeta, quando penso na escolha dos títulos dos livros me remeto a uma discussão estabelecida por Freud de como um autor pode, através do estreitamento dos limites entre a realidade e o imaginário, evocar sentimentos de estranhamento no leitor. Gostaria de saber como se dá o processo de escolha de seus títulos, visto que os nomes de seus livros e poemas já antecipam a uma estranheza poética? A ideia toda é levar o leitor ao estranhamento?


Salgado Maranhão: Minha querida, o escolha dos meus títulos, normalmente, vem antes da obra. Não que a obra tenha que se submeter a eles, necessariamente, mas eu tenho certa facilidade de trabalhar livros temáticos (o Beijo da Fera, a Pelagem da Tigra, por exemplo). Além disso, eu gosto de sacudir o leitor com as percepções que a vida me provoca. Tento trazer para as palavras esses solavancos que o dia a dia me instigam. Não quero que leiam meus poemas e saiam sem nenhuma pergunta. Mas no turbilhão do meu imenso caos verbal, tem que haver a centelha do belo, porque é essa dimensão que resgata as coisas do lugar comum, e que diferencia o artista do não-artista.


Iracy: A poesia sofreu um abalo, entre o final do século XIX e o início do século XX, e com isso, tornou possíveis maneiras muito mais inventivas e diversificadas de escrever poesia, tal como vemos até o século XXI. Em sua opinião, ficou mais difícil entender a poesia nos tempos atuais?


Salgado Maranhão: A poesia, em seu processo de transformação, sempre gravitou num movimento de sístole e diástole: uma hora tende para a expansão, noutra para a contenção. Porém, do Romantismo para cá, esse processo se acelerou, principalmente, com o advento da modernidade. Depois dos grandes da poesia francesa da segunda metade do século XIX (Baudelaire, Mallarmé, Verlaine, Rimbaud, Valéry), o caminho não tinha mais volta. O "Lance de Dados" , de Mallarmé, rompeu com todos os paradigmas sobre metrificação. O passo à frente seria o verso livre, que, ao contrário do que muitos pensam, não facilitou a vida dos poetas, deixou-os à vontade para encontrarem um ponto de encantamento, num universo de palavras sem rima e metrificação. Claro, não estava proibido usar a rima, mas essa porta aberta para a liberdade criaria uma percepção e um desafio novos para o poeta e para o leitor. Naturalmente, tudo isso, alterou, também, o conceito do que seja poesia.


Iracy: Poeta Salgado Maranhão é também consultor cultural. A fronteira entre a “Vanguarda” e a “Tradição” estreita-se, ou seja, fica cada vez menos nítida. Penso nesse pluralismo, (a tradição e a experimentação, o radical e o conservador) elementos que se misturam, se fundem e se integram. Em consequência disso tudo surge um novo impulso criativo, resultando no pós-modernismo vigente. Da mesma forma que o artista pode criar como quiser, o receptor da arte, o leitor etc. pode ignorar ou apreciar o que lhe é apresentado. Nesse sentido, tanto fica muito mais difícil para o artista quando para o receptador. Penso que esse pluralismo institucionaliza o academismo e a teoria, de certa forma, acaba por atravancar o caminho da poesia.

Como você percebe essa relação, que é necessária, a meu ver, mas que nem sempre é bem compreendida pelos pseudo- teóricos?


Salgado Maranhão: O debate em torno dos diversos modos de expressão verbal é salutar. Podemos até dizer que, das vanguardas para cá, nunca a academia produziu tantos conceitos sobre esse tema e sua natureza. Porém, é justamente aí que reside à controversa: a própria poesia foi desaparecendo da universidade e da vida do leitor e dando lugar às inúmeras teorias. Seria tal como ao invés de nos trazerem a fruta, nos trouxessem só a sua foto. Resultado: surgiu uma hierarquização entre o teórico e o criador, ficando este em segundo plano, exceto se ele for um criador de teorias. Diante dessa demonstração de poder do teórico, que, muitas vezes, se encorpa com o aval da cátedra ou de órgãos de comunicação em geral, que o absorvem e o empregam, sobra ao poeta a via da contramão, a rodovia do deslocamento. Pois é desse lugar nenhum, desse chão que ninguém quer, que a poesia apura a sua mirada irreverente. Costumo dizer que, só é poeta quem não quer ser, mas não sabe ser de outro jeito. E diante dessa contingência da vivência fustigada, e havendo dom (sem o qual nada se faz de extraordinário em arte), o que as palavras permitirem brotar nesse desterro, será poesia, mesmo que não tenha esse nome.


Iracy: Poeta, como é sua relação com seus pares e qual a percepção que faz da poesia atual no Brasil?


Salgado Maranhão: Tenho uma curiosidade mortal em relação ao novo. Olho em todas as direções e não descarto nada nem ninguém. No entanto, dada à realidade em que fui criado, uma vida tão cheia de solavancos e nuances, chego a me sentir só com os meus. Egresso, cronologicamente, do solo da Poesia Marginal ("um filho caçula", como já me chamaram), pela minha estranha dicção, eu me sinto um pássaro sem ninho, um navegante solitário das palavras. Mas como sou de muitos amigos e não tenho inimigos declarados, dialogo com vários, de diferentes estilos: de Antônio Cícero, a Geraldo Carneiro; de Luis Augusto Cassas a Carlos Dimuro. Sou dos que acreditam que a poesia brasileira atual é de muito boa qualidade. Claro que a quantidade e a raridade das vozes não chegam a ser muitas, mas nunca foi diferente em outras gerações, o próprio Maiakóvski já dizia que, “ao fim de uma geração de cem poetas sobram cinco." E o bom de tudo isso é que o tempo e o leitor são os donos da razão, são eles quem separam o cascalho do ouro.


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Aqui ficaremos com um gostinho de quero mais. Sendo preciso conversar com o poeta para evitar os percursos dialéticos tortuosos é igualmente preciso extrair dessa conversa o melhor possível! É necessário continuar a ler A cor das palavras e ouvir seu canto. A Cor da Palavra, publicado pela Imago, em 2009, tem a capa ilustrada por Julio Moreira e a foto do poeta é de Philippo Almeida, e é o livro que eu utilizo para conhecer e compreender a poética de Salgado Maranhão.

Tomo a liberdade, mais uma, de interferir em sua leitura para dar continuidade à minha conversa, com o poeta Salgado Maranhão, no próximo mês. Enquanto isso, convido os meus caros leitores para acessar o nosso O Marrare. em sua edição 14 e ler: “Poeta é aquele que não sabe ser de outro jeito” , conversa que o poeta Salgado Maranhão e eu tivemos, nela abordamos questões outras, igualmente inquietantes, de seu universo poético.

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1. A versão do poema Disarmonia (Desconcerto, p.326) e de Verdiana Skocic, Professora do Instituto de Letras, setor de italiano da UERJ.


Créditos da fotografia do poeta: Alexis C. Ribeiro

12 comentários:

  1. Parabéns, pela entrevista só um profissonal com a sua capacidade intelectual pode realizar esse excelente trabalho Literario.
    Beijos

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  2. Parabéns pela entrevista, boa sorte.
    Lusia

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  3. Iracy, que entrevista maneira, poeta, na medida exata.Coloque mais poemas dele, e os nomes dos livros.
    Queria estar no seu lugar, vamos trocar?
    Sophia, parabéns a ambos.

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  4. Professora Iracy, parabéns! Sabia que nas aulas você arrebenta, nos artigos, mas não desconfia desse seu perfíl de entrevistadora. O poeta Salgado Maranhão é um show de bola! Onde encontro os livros dele?
    Paula Marquês

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  5. No que tange à entrevista, como no desenho animado no qual o personagem flutua na representação do aroma de uma saborosa e olfativa comida, a generosa exposição poética deste Salgado de alma doce a contagia e extrai de sua alma de literata a dimensão poética, e a expressão de suas palavras não dão a conotação de entrevista, mas de um diálogo poético no qual, como competente anfitriã, concede ao convidado a honra de servir-se do tempo e do espaço como mais lhe convém, esbanjando sobejamente sua profunda capacidade de capturar a atenção do leitor e abduzí-lo de sua realidade para sua poesia...

    Sérgio

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  6. Sua resposta arrancou-me um gostoso riso.... obrigado pelo elogio, mas ele é resultado da brilhante inspiração desse habilidoso poeta.
    Forte abraço a ambos!
    Sérgio

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  7. Iracy e Salgado Maranhão, aprendi muito nessa entrevista. Muitas vezes, temos uma visão errada desse labor poético que vc comentam na entrevista. Estudo poesia, mas percebo que não estou compreendendo bem o que ouço nas aulas. Valeu mais essa entrevista. Parabéns Poeta, quero ler a segunda parte. Onde compro o livro do poeta?
    Jorge Lima

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  8. Poeta Salgado Maranhão, parabéns pela bela entrevista.Conheço alguns de seus poemas, e gosto muito de Felino, vejo q está "afiando as garras para o próximo salto". Ñão vejo a hora de ler a segunda parte de sua entrevista. Essa profª se comportou muito bem, diante de sua poesia. Boa leitura a dela.
    Carmem

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  9. Iracy de Souza, sua alma é a poesia do poeta!!!! Teresa

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  10. Cara Iracy,
    li a brilhante entrevista colhida ao poeta Salgado Maranhão. Você limpou o terreno, retirou o material inservível para possível reciclamento e abriu o portal do horizonte para que o meu querido Salgado pudesse lavrar e colher a sua safra azul do verbo.

    Parabéns.
    Renovo-lhe a minha esperança e a minha ternura.

    Cassas


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