amor amargo, amêndoa amarga
livro: claríssima
(1993-2003)
Parte I
(amor amargo, amêndoa amarga)
(1993-2003)
Parte I
(amor amargo, amêndoa amarga)
à meia-luz
O espelho refletia o quarto
e a triste esperança da volta:
verônica, os olhinhos parados
safiras
o vazio na cama.
amor Embriagado
trança
o jardim
e canta o
bêbado
uma longa e triste canção de amor
ao ver
uma flor
em meio a tantas
que ali nem
existiam
flor bela
branca
lágrima
anêmona
impulsivo arranca
a frágil florzinha
e um vento
vem
(Ah . . .)
voz
branca
pálida
(Ánemos traz)
cantando
a tristeza de um amor
Embriagado
e os gritos
e m b r u m a d o s
na voz
que vem
embr
iag
ados
começam a berrar:
à meia-luz
O mundo sente falta de mãos de homenzinhos agitados. A mulher sente um vazio de sonhos. Como é difícil colocar em ebulição dez homens e um só! Bom mesmo era ser piano. E verônica imagina dedos acariciando cada uma de suas teclas como o despertar de sons numa mulher sendo amada.
Naquela noite, soltaram-se seus pensamentos e a realidade de seu mundo:
o abajur aceso, o espelho refletindo o quarto
e a triste esperança da volta
seus olhinhos parados
safiras
o vazio na cama.
amêndoa amarga
tua Sombra
cão fiel
obscuro fruto, mel
pelas costas
amarrando mãos e pés
amargou-me a vida toda
serenata
rua clara
lua rara
tua sala
serenata ao homem
rua escura
lua obtusa
sou tua
romântico
teu amor só mente
Créditos da imagem: (pode deixar que eu preencho isso)
Natureza_quase_perfeita, por FábioReis
muito bons poemas,variações de estruturas de composição,e uma sensibilidade na questão dos temas.Gostei dos versos,apenas um,pelo ritmo de balada,faltou fechá-lo com rimas,talvez entre a segunda e a última frase,que é o "Amêndoa Amarga",que deixou algum buraco estético.
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